domingo, 12 de outubro de 2008

A vista incerta,
Os ombros langues,
Pierrot apertaAs mãos exagues
De encontro ao peito.
Alguma cousa
O punge ali
Que ele não ousa
Lançar de si,
O pobre doido!
Uma sombria
Rosa escarlataE
m agonia
Faz que lhe bata
O coração...
Sangrenta rosa
Que evoca a louca,
A voluptosaVolúvel boca
De sua amada...Ah,
com que mágoa,C
om que desgosto
Dois fios de águaLavam-lhe o rosto
De faces lívidas!
Da veste brancaA larga túnica
Por fim arrancaA rosa púnica
Em um soluço.E
parecia,
Jogando ao chão
A flor sombria,
Que o coração
Ele arrancara!...

Nenhum comentário: