terça-feira, 14 de outubro de 2008



O dia amanheceu chuvoso!
Doce deleite de sentiro sentimento sentidodos pingos que escorrem!
Coração em disparadano tic-tac do tamborque engatilha a tempestadedesabando no oceano...
Os pingos caeme escorregam pela vidraçacomo uma máquina fotográficacom seu flasch cruel...
As ondas tumultuamraivosas, airosas...
A maresia adormecidado coração em despertar...
Movimento incessantede descobrir,
redescobrirdesejos, libidos, intençõesimplodidas nas entranhas...
A chuva caie o pingo se entregana descida ligeira...
Vertigem da queda!
O pingo cai,jorra o medo para forae deságua no oceanodas águas profundas...
Como um cego, mergulha,se debate,se ergue...
Procura a respiraçãoengalfinhada da solidão...
Se mistura a criaçãomorrendo a cada segundo...
Se curva a superioridadedo criador que o supera...
Doce deleite da entregade se saber nadae se transformar em tudonos braços do criador...
Implosão que explodena escuridão do atalhoe no mergulho desejadodo coração disparado...
O dia amanheceu chuvosoe o renascimento acontece...
Chove fera,longelavando a morte de dentro...
Queda-se nas águas...Transforma-se nas águas...
Na chuva da lágrimaque me transforma em Ti...

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